domingo, 27 de septiembre de 2015

ENCONTRO HOSPITALER@S - CAMIÑO PORTUGUÉS

XIV ENCONTRO 
HOSPITALERAS E HOSPITALEROS
CAMIÑO PORTUGUÉS
PONTEVEDRA
19 DE SEPTIEMBRE 2015
HOTEL GALICIA PALACE


      O Caminho Português de Peregrinação a Santiago de Compostela representa o contributo português para a mais célebre peregrinação da Europa Ocidental. 


     Beneficiando da proximidade física em relação a Compostela, e da densa rede viária do Noroeste peninsular, o Caminho Português contrasta com os demais, na medida em que oferece itinerários diversificados e de mais fácil caminhada (evitando, por exemplo, os percursos mais expostos ao Sol e ao calor e, em tempos mais recentes, a massificação de alguns itinerários). 


     O impacto da descoberta em Compostela do túmulo do Apóstolo (ocorrida pela década de 20 do século IX) antecedeu a independência de Portugal e o mais antigo testemunho no atual território nacional deverá datar de 862 (menos de meio século após aquela descoberta), ano em que foi sagrada a Igreja de Santiago do Castelo de Neiva (concelho de Viana do Castelo). 


     Ao longo da Idade Média, os caminhos portugueses foram procurados por peregrinos jacobeus nacionais e estrangeiros, que deixaram numerosos registos e relatos, conservando-se ainda, e sobretudo, uma herança documental original que menciona legados pios para construções públicas que beneficiavam os peregrinos. 


     Foi o que ocorreu com S. Gonçalo de Amarante, lendário construtor da ponte medieval sobre o rio Tâmega naquela localidade, cuja legenda ombreia com Santo Domingo de la Calzada ou San Juan de Ortega (pontos do Caminho Francês já declarados Património Mundial). 


     Se o Norte do país conserva ainda muitos dos antigos caminhos de peregrinação (particularmente a Norte do rio Douro), o sul de Portugal teve uma estruturante presença da Ordem de Santiago, principal instituição que, no século XIII, empreendeu a conquista do Alentejo e Algarve e deteve a gestão de grande parte daqueles territórios nos séculos seguintes.


     Por essa razão, é surpreendente a densidade de marcas alusivas ao culto a Santiago, razão de ser de uma dimensão verdadeiramente nacional do culto do Apóstolo em Portugal (que alia assim a herança peregrinatória do Norte ao impulso conquistador e reformador do Sul). 


     Na atualidade, os Caminhos Portugueses de Peregrinação a Compostela representam, aproximadamente, 20% do fluxo anual de peregrinos registado na Oficina do Peregrino de Santiago de Compostela (18,60% em Maio de 2015) e a tendência dos últimos anos tem sido a de um contínuo aumento, especialmente nos meses de Primavera e Outono.



Existem 4 caminhos estabelecidos:
     1.Caminho Central Português: percorre c. 634 Kms, entre Lisboa e Santiago de Compostela (dos quais 569 Kms em território português). 



     É o itinerário estruturante, que se inicia na capital do país, onde existe a igreja paroquial de Santiago (cuja freguesia já está documentada em 1160), a Sé-Catedral (que detém uma dimensão peregrinatória medieval testemunhada pelo culto a S. Vicente), o Museu Nacional de Arte Antiga (maior repositório de arte dedicada a Santiago do país, ali se conservando, entre outras peças referenciais, o retábulo da Vida e da Ordem de Santiago), o Mosteiro dos Jerónimos, tão ligado à figura de D. Manuel I (1469-1521) e à peregrinação que empreendeu a Compostela em 1502. 


     As etapas principais deste trajecto incluem Coimbra (onde se encontra o túmulo e o tesouro de D. Isabel de Aragão (1271-1336) – no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova e no Museu Nacional de Machado de Castro, respectivamente), Porto (principal ponto de partida dos peregrinos actuais dos caminhos portugueses e cidade que preserva ainda importantes testemunhos do culto a Santiago, seja na sua Sé Catedral, seja na mais modesta igreja de S. Crispim e S. Crispiniano, antigo hospital dos Palmeiros) e Barcelos (em cujo museu arqueológico se encontra o Cruzeiro do Senhor Galo, cuja lenda é idêntica à de Santo Domingo de la Calzada). 


     O percurso integra ainda a passagem por Valença do Minho, principal ponto de passagem para Tui, e onde se concentraram abundantes albergarias e hospitais desde a Idade Média 


     2.Caminho Português da Costa: numa extensão de c.142 Kms, este trajecto é uma derivação do Caminho Central Português, a partir do Porto ou a partir de S. Pedro de Rates. 



     Este itinerário justifica-se pelos abundantes testemunhos do culto a Santiago e da passagem dos peregrinos nas localidades marítimas do Norte português, sendo o atual concelho de Matosinhos um dos casos mais significativos (sobretudo a lenda do barco de pedra que evoca um acontecimento ocorrido no mesmo momento em que a barca com o corpo de Santiago passava ao largo da costa rumo à Galiza). 
 

     Vila do Conde e, especialmente, Viana do Castelo foram importantes pontos de passagem de peregrinos, restando, nesta última cidade, o Hospital Velho, destinado a pelegrijs e rromeus que vãa.o e veem pera Santiago (informação de 1459). 


     A travessia para a Galiza pode fazer-se por barco através de Caminha e Vila Nova de Cerveira ou, por terra, atravessando a ponte em Valença do Minho, aí entroncando com o Caminho Central Português.


     3.Caminho Português Interior de Santiago: numa extensão de 307 Kms (160 Kms dos quais em território português), este caminho liga Viseu à fronteira com a Galiza, em Verín, e estrutura-se em 10 etapas. 



     É o itinerário de peregrinação a Compostela que inclui maior componente de paisagem natural, a par de algumas importantes referências patrimoniais: em Viseu, o Museu Nacional de Grão Vasco inclui o retábulo dedicado a Santiago, procedente da Igreja de Santiago de Cassurrães, e obra cimeira do pintor manuelino-renascentista (Grão) Vasco Fernandes; o centro histórico de Lamego; a ponte medieval de Oura; e o núcleo urbano de Chaves, última paragem antes da Galiza e, por isso, terra de importantes albergarias medievais 


     4.Caminho de Torres: Com início em Salamanca, 343 Kms deste caminho são percorridos em território português. A sua importância é semelhante ao Caminho Central Português, uma vez que é através deste itinerário que se incluem nos trajectos de peregrinação a Compostela três das cidades que possuem mais numerosos e relevantes testemunhos do culto a Santiago: Amarante (cuja ponte e mosteiro estão consagrados a S. Gonçalo, lendário beneficiador do caminho para os peregrinos), Guimarães (onde se testemunha o primeiro hospital para peregrinos, logo no século X) e Braga (cuja catedral românica, no século XI, pretendeu constituir-se como centro de peregrinação rival de Compostela). 

 

     Entronca no Caminho Central Português em Ponte de Lima e deve o seu nome ao itinerário percorrido entre 1732 e 1734 por Diego Torres, catedrático da Universidade de Salamanca exilado em Portugal por esses anos.
 

     5. Caminho Nascente Português: ao longo de 535 Kms, entre Tavira e Trancoso, onde entronca no Caminho de Torres, este itinerário ilustra diferentes dimensões do culto a Santiago no Sul e interior do país. Começa em Tavira, cidade emblemática para a Ordem de Santiago, onde subsiste o túmulo de Paio Peres Correia (c.1205-1275) - o mais importante mestre medieval da Ordem. 



     As etapas incluem passagens por Mértola (uma das três capitais da Ordem de Santiago em Portugal), Beja (cuja igreja de Santiago foi elevada a catedral) e Évora (onde o herói da reconquista da cidade, Geraldo Sem Pavor, foi representado com as vieiras de Santiago e onde existe também a igreja de Santiago). 


     O percurso segue depois para o Alto Alentejo e Beira Baixa, onde o caminho já se encontra marcado e onde subsistem importantes elementos de devoção ao apóstolo, como a Igreja de Santiago de Belmonte (local que acolhe o túmulo do descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral (c. 1467-1520). 


     A opção por Trancoso como ponto de chegada justifica-se pelo cruzamento do Caminho de Torres e por a vila ser um importante local de passagem de peregrinos, cuja etapa mais antiga do castelo (século X) foi mencionada num documento de 960, pelo qual uma célebre nobre doou este e outros bens ao mosteiro de Guimarães pro remedio animo nostre captiuos et peregrinos et monasteria (para salvação da nossa alma, captivos, peregrinos e mosteiros). 


     O Caminho Português de Santiago, nos seus itinerários, contribuiu para a identidade europeia, assente na mobilidade medieval e no intercâmbio entre várias dimensões que caracterizam a aventura humana, desde a arte à literatura, da religiosidade popular à assistência aos peregrinos, da etnografia e arqueologia à sociologia. 


MAPA
 Fuente: ASSOCIAÇÃO ESPAÇO JACOBEUS 
XOAN ARCO DA VELLA

sábado, 26 de septiembre de 2015

EIRA DE PARADELAS - PARADA DE LABIOTE

EIRA DE PARADELAS
PARADA DE LABIOTE
O IRIXO 
OURENSE


     Situado en el noroeste de la provincia, O Irixo, uno de los municipios más extensos de Ourense, presenta paisajes que contrastan la montaña y los valles cubiertos por densas y tupidas masas de coníferas y algunas especies autóctonas.



O Irixo
     El municipio ourensano de O Irixo, está situado al noroeste de la provincia, sirviendo de límite con la provincia de Pontevedra.



     Su orografía está determinada por el contraste de la montaña y los valles cubiertos estos por densas y tupidas masas de coníferas y algunas especies autóctonas.



     Los picos montañosos más altos son el pico de Uceiro con 1.003 metros en los Montes do Testeiro y el Pico Seco, con 935 metros de altura en la Serra do Faro.



     Aparte de las excursiones que se pueden realizar a la montaña, el municipio ofrece la posibilidad de acercarnos a su pasado con un recorrido por los castros de Corneda, Orros y Souteliño, pruebas de poblamientos de hace miles de años.



     Por otra parte, son varias las iglesias parroquiales que completan la oferta cultural que presenta O Irixo: Iglesia de Santo Estevo de Cangués, la iglesias de San Xoán de Froufe, Santa María do Campo, la parroquial de Reádegos y Santiago de Corneda, todas ellas barrocas de considerable riqueza ornamental en las fachadas.



     La arquitectura religiosa está representada también en el municipio por distintos cruceiros y algún peto de ánimas en Loureiro, que por otra parte, prueban la tradición cantera de la zona.



Recursos
     Existiendo numerosos recursos forestales en el municipio, no es de extrañar que pequeños aserraderos se hayan instalado es este ayuntamiento, así como algunas empresas constructoras.



     Pero ha sido la creación de una cooperativa lechera en 1970 en Loureiro el principal motor para el desarrollo de O Irixo.



     También hay que destacar la explotación de equinos en la parroquia de Parada de Labiote, dedicada a la cría y comercialización de carne destinada a los mercados de fuera de la región.



     Durante el mes de agosto se celebra un curro en esta población con el fin de marcar los animales nuevos en medio de un ambiente festivo que hace las delicias de pequeños y mayores que se acercan a O Irixo en verano.

MAPA

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XOAN ARCO DA VELLA

viernes, 25 de septiembre de 2015

CAPILLA DE LOURDES - ORROS - O IRIXO

 CAPILLA DE LOURDES
ORROS
A CIDÁ
O IRIXO
OURENSE


     Situado en el noroeste de la provincia, O Irixo, uno de los municipios más extensos de Ourense, presenta paisajes que contrastan la montaña y los valles cubiertos por densas y tupidas masas de coníferas y algunas especies autóctonas.


O Irixo
     El municipio ourensano de O Irixo, está situado al noroeste de la provincia, sirviendo de límite con la provincia de Pontevedra. 




     Su orografía está determinada por el contraste de la montaña y los valles cubiertos estos por densas y tupidas masas de coníferas y algunas especies autóctonas.



     
     Los picos montañosos más altos son el pico de Uceiro con 1.003 metros en los Montes do Testeiro y el Pico Seco, con 935 metros de altura en la Serra do Faro.


     Aparte de las excursiones que se pueden realizar a la montaña, el municipio ofrece la posibilidad de acercarnos a su pasado con un recorrido por los castros de Corneda, Orros y Souteliño, pruebas de poblamientos de hace miles de años.


     Por otra parte, son varias las iglesias parroquiales que completan la oferta cultural que presenta O Irixo: Iglesia de Santo Estevo de Cangués, la iglesias de San Xoán de Froufe, Santa María do Campo, la parroquial de Reádegos y Santiago de Corneda, todas ellas barrocas de considerable riqueza ornamental en las fachadas.



     

     La arquitectura religiosa está representada también en el municipio por distintos cruceiros y algún peto de ánimas en Loureiro, que por otra parte, prueban la tradición cantera de la zona.


Recursos
     Existiendo numerosos recursos forestales en el municipio, no es de extrañar que pequeños aserraderos se hayan instalado es este ayuntamiento, así como algunas empresas constructoras.



     

     Pero ha sido la creación de una cooperativa lechera en 1970 en Loureiro el principal motor para el desarrollo de O Irixo.


     También hay que destacar la explotación de equinos en la parroquia de Parada de Labiote, dedicada a la cría y comercialización de carne destinada a los mercados de fuera de la región.



     
     Durante el mes de agosto se celebra un curro en esta población con el fin de marcar los animales nuevos en medio de un ambiente festivo que hace las delicias de pequeños y mayores que se acercan a O Irixo en verano.


Orros
     Orros es un lugar de la  parroquia de Cidá en el concello de O Irixo en la comarca de Carballiño. Tenia 33 habitantes en el año 2011 segun datos del INE y del IGE, de los cuales 16 eran hombres y 17 mujeres.


Cidá
      Santa Marina de la Cidá es una parroquia del ayuntamiento de O Irixo en la comarca de O Carballiño, en la provincia de Ourense. 


     En el año 2007 contaba con 70 habitantes, de ellos 33 eran hombres y 37 eran mujeres, lo que supone una merma de 1 habitante en relación al año anterior, 2006.




Lugares de la Cidá
   Os Casares, Nabás, Orros, Paredes, Valdesoiro


 Comarca de O Carballiño

     Comarca de O Carballiño, en la provincia de Ourense, linda al norte con las Comarcas de Tabeirós - Terra de Montes y Deza (Pontevedra), al noreste con la Comarca de Chantada (Lugo), al este y sureste con la Comarca de Orense (Ourense), al sur con la de O Ribeiro (Ourense) y al oeste con la comarca de Pontevedra (Pontevedra).



Pertenecen a ella los siguientes municipios:
     Beariz, Boborás, O Carballiño, O Irixo, Maside, Piñor, Punxín, San Amaro y San Cristóbal de Cea.


MAPA

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XOAN ARCO DA VELLA